

A few jump out of windows or drown themselves or take pills more die by accident and most of us, the vast majority, are slowly devoured by some disease or, if we’ve very fortunate, by time itself.” We live our lives, do whatever we do, and then we sleep-it’s as simple and ordinary as that. ”We throw our parties we struggle to write books that do not change the world, despite our gifts and our unstinting efforts, our most extravagant hopes. O cruzamento surpreendente dessas três histórias, urdido com a mão imaginativa e experiente de Michael Cunningham, vai mergulhar o leitor numa das experiências mais comoventes da literatura contemporânea. Clarissa, cinqüentona e ex-hippie ainda atraente, bem casada com uma produtora de tevê, compra flores e organiza uma festa em homenagem a Richard, amigo gay e aidético terminal que acaba de ganhar um prêmio literário. Acontece que tudo o que Laura mais deseja na vida é solidão e a companhia de Virginia Woolf, sob a forma de seu romance Mrs.


Laura busca, em vão, ajustar- se ao seu triplo papel de mãe, esposa e dona de casa, confeccionando, ao lado do filho Ritchie, de três anos, um bolo de aniversário para o marido Dan. Dalloway, romance que mantém com As horas uma habilidosa simbiose. Virginia, num dia normal e suburbano de 1923, esforça-se por manter sob controle os sintomas da loucura e para redigir Mrs. O talento de Cunningham consegue encapsular todo o drama de suas existências. Presenciamos, em capítulos alternados, um dia na vida de cada uma delas. Ela, mais Laura Brown, uma dona de casa angustiada num subúrbio de Los Angeles, em 1949, e Clarissa Vaughn, editora de sucesso na Manhattan de hoje, são as protagonistas deste livro apaixonante.

As horas, prêmio Pulitzer de literatura de 1999, pode ser definido como a saga da consciência de três mulheres - uma real, duas fictícias - em busca de algum tipo de inserção no mundo "normal", tendo como pano de fundo constante a presença palpável e inquietante da loucura e da morte.Ī personagem real, espécie de matriz iluminadora de todo o livro, é Virginia Woolf, cujo suicídio, em 1941, é narrado de forma comovente e realista logo nas primeiras páginas.
